Domingo, noite, aeroporto de Cumbica.
Ela vinha empurrando o carrinho cheio de malas. Era alta, com mais de 1,80 de altura, mas não era modelo, pois não era magra. A jovem entrou no Boticário. A atendente de sorriso ameno prestou toda a gentileza. A mulher, que parecia um travesti, tirou o baton do mostruário e passou na boca (várias pessoas devem passar esse baton na mão, no pulso, e até nos lábios - que nojo!). Passou a máscara dos cílios (também do mostruário) para alongar os seus. Pegou um creme que estava na prateleira como amostra e enxarcou rosto fazendo uma massagem diante do espelho. Pegou um perfume e o borrifou no pescoço e nos pulsos.
Cada coisa que ela usava, guardava no cesto para comprar.
Chegou no caixa e entregou o cartão para pagar o batom, o creme, a máscara dos cílios e o perfume.
"Não está passando, quer que eu tente no crédito". Ela pede pra tentar mais uma vez e nada.
Ela volta ao perfume do mostruário e borrifa novamente e fala que não sabia o que estava acontecendo, pega o cartão, guarda e sai com as malas sem comprar nada, mas cheirosa e produzida, indo pegar a ponte aérea.
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