Outro dia, na FNAC da avenida Paulista, estava na seção de DVD´s e me deparei com um diálogo, no mínimo, estranho. Não deveria ter esse mau costume de escutar as conversas alheias, mas o diálogo surrealista me chamou a atenção. Pensei, somente as pessoas nascidas na era do wireless seriam capazes de entender. Porque eu...
Duas garotas de classe média-alta, parecidas com as Patricinhas de Beverly Hills, conversavam com aquela voz de quem estavam mastigando chiclete o tempo todo:
- Cara, então, tipo assim, você viu esse? Disse uma apontando para o DVD “Vicky, Cristina, Barcelona”, de Woody Allen.
- Vi.
- I aê? Perguntou levantando a sobrancelha, com o DVD na mão.
- Cara, então, assim, sabe, meu... tipo...
- Ahhhh! A garota devolve o DVD, discordando da opinião da amiga.
- Meu, esse cara né? (Não sei se ela falava do Woody Allen ou do Javier Bardem)
- Cara, com certeza! (nesse momento não sei como ela conseguiu responder, mas respondeu)
- E você? (a outra é que pergunta agora, se a amiga assistiu)
- Meu, assim... tipo! Com uma expressão de que tinha gostado.
E a única coisa que deu para saber é que elas eram estudantes do Mackenzie.
- Então, cê vai amanhã pro Mackenzie?
- É, né!
4 comentários:
imagina o que não "escutamos" na UNIP ? ashashas
Isso na minha época era o famoso papo de Patropi. Lembras? rsrs...
Cara, você pode decifrar essa conversa comprando o mais novo dicionário pós moderno paulistano pagando apenas R$ 0,50! É barato por que corresponde apenas a uma página. Tipo assim, saca?
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