18.11.11

Matando bares a conta gotas

Vivemos dias do "Não é permitido".
Desde que a lei anti fumo entrou em vigor, novas leis começaram a existir para proibir o direito de ir e vir das pessoas, de encontrar amigos, de realizar pequenos flertes e gracejos na noite paulistana.
Em São Paulo, não pode por lei:
- Fumar em ambientes públicos fechados, nem embaixo de toldos. As calçadas estão sendo disputadas a tapas e baforadas de monóxido de carbono.
- Beber nas mesas expostas nas calçadas após às 23h é inviável. Não pode nem se tiver um calor "noturnico" de 38 graus (permitam o neologismo). E as ruas vão se tornando ambientes fantasmagoricos para os transeuntes circularem. Até para pegar o carro no estacionamento dá medo.
- Fazer barulho após às 22h , mesmo dentro dos bares, entre gargalhadas e efervescidas discussões regadas com cervejas e chopes, com quitutes para matar a fome, não pode mais.
- Beber qualquer quantidade de álcool agora é crime. É o mesmo que ter um revólver, sacar e dar um tiro.
E a pior de todas — tremenda bestialidade.
- É proidido pedir um bife à cavalo com ovo mal passado, porque, segundo especialistas, há uma epidemia de salmonéla e a saúde pública municipal, com seus "enormes leitos" e "ótimos" pronto-socorros, não estão dando conta do recado.

Concordo que não dá para dirigir alcoolizado. Das duas uma, ou vou de táxi ou não bebo mais. Mas, todas essas leis são para encarcerar as pessoas em suas casas. Aliás, vai chegar um dia em que vão aprovar uma lei proibindo entrar nos bares ou sair de casa depois da meia-noite.

Porém, acho que os nossos governantes, preocupados com os frequentadores de boteco, deveriam olhar a educação, a falta de creche, a calamitosa saúde pública e o transporte público. Mas isso, eles não querem nem saber e brindam mais um "é proibido..."

Um comentário:

Daniele Moraes disse...

É proibido deixar de ler o Blog bacanérrimo do meu amigo Vandré!! Tô adorando!!!